O Manifesto em Defesa da Cultura (MDC) convocou para hoje, sexta-feira, 5, concentrações em Coimbra, Évora e Faro, frente às direções regionais de Cultura, e em Lisboa, frente à secretaria de Estado, em protesto pelos cortes nos apoios às artes.
As concentrações estão marcadas para as 12:00 de sexta-feira nas diferentes delegações, e também no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
Pedro Penilo, do MDC, disse à agência Lusa que “este é o momento oportuno, depois de divulgados os fracos apoios às artes que deixaram de fora centenas de estruturas que estão a afundar-se”.
Referindo-se aos resultados dos concursos conhecidos no dia 28 de março e na terça-feira passada, relativos às artes e ao teatro, o MDC, em comunicado, afirma que estes revelam “desinvestimento [e] centralização”.
“O caso dos últimos concursos de apoios às artes é exemplar de uma política cultural que tenta disfarçar o seu rumo de desinvestimento, centralização, elitização e mercantilização, com brindes-migalhas retirados da cartola ao fechar do pano”, lê-se no comunicado enviado à Lusa.
O MDN exige “um por cento [do Orçamento do Estado] para a cultura e uma política cultural que cumpra o disposto na Constituição”.
À Lusa João Penilo afirmou que “o objetivo é um por cento do Produto Interno Bruto que é o recomendado pela UNESCO para países com o grau de desenvolvimento de Portugal”
O manifesto exige também a “demissão deste Governo que tanto mal tem feito à cultura e ao país”.
“É tempo de pôr fim ao ataque à cultura, aos cortes nos apoios às artes, ao desemprego e à precariedade galopantes num setor já profundamente fragilizado pelo desinvestimento crónico”, afirmou Penilo.
O MDM acusa o Governo de encetar a “destruição do livre acesso à criação e fruição artística e cultural” visando “a desresponsabilização total do Estado das suas funções culturais tal como estão previstas na Constituição da República”.
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