terça-feira, 31 de julho de 2012

Alentejo, terra de poetas ! !


1
Menina tenho um canário
Que me alegra e consola
Como não tenho aonde o meta
Empresta-me a tua gaiola

2
Coitado de quem é pobre
Triste de quem nada tem
Quem é rico é sempre nobre
Às vezes não é ninguém

3
Corto o pau esgalho a rama
Tenho a vitória ganhada
Morra o homem fique a fama
E defenda o seu camarada

4
Fui um dia a Rio de Moinhos
Vi lá de tudo um poucochinho
Vi um grilo em taberneiro
Vi um borrego a beber vinho

5
Do que há do chão para cima
Ninguém me sabe dizer
Do chão para baixo também não
Aonde está o saber

6
Esta gente de Évora
Dá-me vontade de rir
Em chegando a um arraial
É dançar até cair

7
Portel vila brilhante
Em tudo tens melhorado
Tens boas vozes no cante
Com um grupo bem apurado

8
Cá em casa do Amigo Pegões
Toda a gente come bem
Todos vem encher a mula
Sem dar cavaco a ninguém

9
Vejo o rico abastado
Comendo bifes de vitela
Vejo o pobre coitado
Sem ter nada na panela

fonte: O livro da verdade

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