Um inocente pastorinho que vivia na Atalaia e por ali guardava o seu rebanho é surpreendido por um espinheiro a arder sem se consumir e, sobre ele, a Santíssima Virgem Maria, dando-se a conhecer por Mãe de Deus, porque com o seu divino filho nos braços. O pastor ficou pasmado com o que via. Não se sabe se a Sr.ª proferiu algumas palavras, mas o efeito provou que sim que falou, ao menos interiormente.
São várias desde já as aproximações entre a cena do pastor eborense e a narrativa bíblica do Êxodo e que o padre Manuel Fialho se preocupa fazer notar.
O aparecimento da Senhora do Espinheiro, no espinheiro a arder sem se consumir, marcou o lugar de modo a transformá-lo de terreno de simples e normal pastoreio em chão sagrado de culto e veneração.
O pastor vendeu o gado e fez-se ermitão e guia das almas para Deus: publicando o mistério mandou lavrar a sagrada imagem da Senhora com o título de Espinheiro.
Excetuando a Sé, este foi o primeiro edifício de culto dedicado a Nossa Senhora, na nossa cidade de Évora.
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